Semob registra 2,5 mil queixas contra coletivos

Fonte: Jornal da Paraíba Foto: Paulo Rafael Viana De janeiro a julho deste ano, a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) recebeu cerca de 2.500 reclamações de usuários de transportes coletivos. ...
Fonte: Jornal da Paraíba
Foto: Paulo Rafael Viana

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De janeiro a julho deste ano, a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) recebeu cerca de 2.500 reclamações de usuários de transportes coletivos. A média foi de 12 registros por dia. Atrasos, desrespeito aos pontos de parada, desentendimentos com motoristas e cobradores e pouca quantidade de ônibus circulando nos bairros foram as principais queixas feitas.

Segundo o diretor de Transportes da Semob, Cristiano Nóbrega, todas as reclamações foram apuradas e, após ser constatado o caso, algumas empresas de ônibus chegaram até a ser multadas em virtude das ocorrências cometidas. “A maioria das reclamações que nos chegam é sobre atrasos de ônibus.
Nesses casos, antes de acionar as empresas reclamadas, enviamos um fiscal ao local indicado pelo reclamante para apurar a veracidade da informação”, explica.
“Mesmo que seja constatado o atraso, procuramos analisar se aquilo ocorreu de forma esporádica ou se é algo constante. Às vezes, o ônibus pode atrasar em virtude de um protesto, que esteja ocorrendo na rua ou de um engarrafamento eventual, por exemplo”, completa.
Apenas nas situações em que houver a constatação do atraso, sem motivo aparente, é que as empresas de ônibus são autuadas. “A multa é para a empresa e não para o funcionário.
Cabe a ela adotar as medidas necessárias para evitar que esse fato se repita. Em muitos casos, a empresa chama a atenção do operador, dá treinamento ou simplesmente demite”, destaca o diretor.
Os desentendimentos com motoristas e cobradores também compõem a maioria das queixas feitas à Semob. Nesse caso, porém, a apuração da denúncia é feita mais detalhada, como explica Cristiano Nóbrega.
“Em algumas empresas, os maus tratos praticados por cobradores e motoristas geram demissão. Por conta disso, e para não cometer injustiças, analisamos com cautela a situação.
Ouvimos o relato do denunciante, anotamos os dados e procuramos o funcionário reclamado para ouvir as versões dele”, diz Nóbrega.
“Quando há elementos fortes de que o caso relatado foi verdade, comunicamos o fato à empresa, que inclui isso na ficha profissional do funcionário. A partir dali, ele poderá passar por treinamento ou ser demitido”, declara.

Seis empresas de ônibus operam em João Pessoa e geram, juntas, quase 3.100 empregos diretos, nas funções de motoristas, cobradores, fiscais e despachantes. Ao todo, elas possuem 517 ônibus, mas apenas 457 saem às ruas. Os outros ficam estacionados nas garagens na condição de reserva técnica. A frota é distribuída em 86 linhas.

Em alguns bairros, a exemplo de Mangabeira, Colinas do Sul e Valentina, a população reclama da demora dos ônibus e da superlotação nos horários de pico. O funcionário público Jadilson Gonzaga Ferreira mora no Colinas do Sul e trabalha na Torre, uma distância de quase 16 quilômetros.

No entanto, ele precisa sair de casa com até duas horas de antecedência do horário de iniciar o expediente no trabalho. “Aqui, tem pouco ônibus. Se vou perder um, tem que esperar por até 40 minutos pelo outro. É um aperreio muito grande e, de noite, fica é pior. Além de demorar, os ônibus são muito sujos e vivem quebrando”, lamenta.

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