Política tributária, trânsito, transportes e inflação

Fonte: Canal do Ônibus Matéria/Texto: Adamo Bazani Em junho ficou mais caro proporcionalmente andar de ônibus do que utilizar o carro de passeio. É o que apontam os dados do IPCA – Índice de Preços ao ...
Fonte: Canal do Ônibus
Matéria/Texto: Adamo Bazani

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Em junho ficou mais caro proporcionalmente andar de ônibus do que utilizar o carro de passeio.
É o que apontam os dados do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta sexta-feira, dia 06 de julho de 2012.
O acumulado do primeiro semestre é de 2,32%, índice abaixo dos primeiros seis meses de 2011 que registraram 3,87% de inflação.

A variação de junho foi de 0,08%, a menor desde agosto de 2010, quando o índice oficial de inflação variou 0,04%.
No item transportes, mais uma vez, a política de preços e de incentivos tributários beneficiou a camada que possui mais recursos em detrimento dos mais pobres.
Quem tem condições de comprar e manter um carro gastou proporcionalmente menos do que as pessoas que optam pelo transporte coletivo ou têm os ônibus, metrô e trens como únicas opções de deslocamento.
Por conta dos incentivos à indústria de carros de passeio, com reduções e isenções em impostos, como o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados – e o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras – no financiamento de veículos particulares, o preço dos automóveis caiu 5,48%. A redução do IPI está em vigor desde 21 de maio.
A queda do preço dos veículos novos diminuiu a procura pelos usados, que por conta disso, também ficaram mais baratos: 4,12%. As motos em junho ficaram 0,42% mais baratas.
Manter e abastecer os carros também custou menos em junho, segundo o IPCA, do IBGE: o etanol nas bombas teve redução de preços de 1,24% e a gasolina teve queda de 0,41% no valor.
Os acessórios e peças de automóveis tiveram variação negativa de 0,48% e o seguro voluntário praticamente ficou estável, com discreta queda de 0,04%.
Já andar de transporte coletivo ficou mais caro para o bolso do trabalhador, de acordo com o IBGE.
As tarifas de ônibus urbanos em todo o País ficaram 0,87% mais caras. O índice foi pressionado principalmente pelos reajustes em Goiânia no dia 20 de maio e Salvador, em 04 de junho.
Já as tarifas de ônibus intermunicipais tiverem crescimento de 0,97%, com pressão maior novamente por conta dos aumentos das passagens de Salvador, para este tipo de serviço, em 12 de junho.
No geral, o item transporte foi o que mais contribuiu para o IPCA mais baixo, representando queda de 1,18%.
O grupo alimentação passou de 0,73% em maio para 0,68% em junho.
Já o item Habitação passou de 0,80% para 0,28% no mesmo período.